17:46 | 18 de abril de 2023 | Redação Centrus
O clássico estudo do economista Harry Markowitz, na década de 50, que deu origem à Teoria Moderna de Portfólios, demonstrou a importância do efeito da diversificação na redução do risco das carteiras de investimentos para torná-las mais eficientes. Esse efeito é potencializado pela inclusão de fatores de risco diferentes no portfólio, a exemplo do que é feito nas carteiras dos planos de benefício administrados pela Centrus.
O mercado de capitais brasileiro ainda é pouco representativo no contexto internacional. Nosso mercado acionário corresponde a menos de 3% do mercado norte-americano e apresenta forte concentração, em poucas empresas, com destaque para aquelas ligadas a commodities. Nesse sentido, investimentos no exterior não apenas permitem ampliar o acesso a diferentes empresas, mas também possibilita o acesso mais efetivo a diferentes setores, como o de tecnologia e de saúde, que apresentam grande potencial de valorização no longo prazo, tendo em vista a crescente descoberta de inovações tecnológicas, importantes para ganho de produtividade nos países, e a estrutura demográfica mundial, com populações com idade média cada vez mais elevada.
O mercado de renda fixa no país também apresenta panorama semelhante, representando cerca de 5% do norte-americano.
No contexto da dívida pública, por meio da diversificação internacional, é possível acessar títulos públicos de economias desenvolvidas, mais robustas do ponto de vista econômico e fiscal, as quais apresentam correlação negativa com ações brasileiras. O mercado de dívida tem mais liquidez e amplitude no exterior. Dessa forma, é possível encontrar diferentes instrumentos, de diferentes tipos de credores, sendo negociados com maior frequência, em contraste com o mercado brasileiro que ainda está concentrado em dívida soberana.
Além dos benefícios no âmbito microeconômico, esse tipo de atuação internacional também se reflete no aspecto macroeconômico. Ao se acessar outros mercados, por exemplo, é possível reduzir a sensibilidade do portfólio a choques que afetem apenas o mercado brasileiro, como no caso da Greve dos Caminhoneiros e, assim, torná-lo mais resiliente. No mercado de moedas, o dólar americano é considerado um ativo seguro e é muito procurado em momentos de aversão a risco dos investidores internacionais. Por isso, apresenta correlação baixa ou negativa com ativos domésticos, contribuindo para reduzir a volatilidade da carteira.
A Centrus, ciente dos benefícios da diversificação internacional, investe nesse segmento por meio de fundos de fundos exclusivos que acessa diferentes regiões de atuação e classes de ativos (renda fixa, renda variável e investimentos alternativos) ao redor do globo. O que permite diminuir a sensibilidade da carteira a grandes choques de mercado, como o observado nas bolsas americanas durante a pandemia do novo coronavírus.
Texto elaborado pela Gerência Técnica de Investimentos – Getec